segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Soneto de Amor
Sonhar-te...
A chuva borda a tarde e eu te desejo...
Andejo, meu pensar, põe-se a voar!
Brincar com teu olhar, fazer gracejo,
Latejo em teu calor, ao teu roçar...
Sem ar, revolução interna, arquejo
E o beijo é longo, é louco, extenso e é mar!
Sonhar-te assim tão cúmplice no ensejo,
Sem pejo só emoção num sussurrar!
Da tarde escorre o tempo, e a luz fenece,
Aquece mais a cena oh, como aquece
E desce e molha, a lágrima, o meu riso...
Juizo? sobe às nuvens, sai de cena,
Na arena está meu sonho e só a sirena,
Que pena! o trem, nos dá de volta o siso.
ElïschaDewes ______________
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