quarta-feira, 24 de março de 2010



Ode à Angra dos Reis
-Aniversário de seus 508 anos-

Calados, o oceano e a emoção,
Ressurge a Lua cheia, prima-dona.
Mas como não há palco ou multidão
Seus raios trazem anjos de carona.

E o tempo some e foge o firme chão...
Atroz é a impotência que se adona
E sinto a mesma cinza solidão
Do ser que jaz inerte sob a lona...

A chuva apaga o tom da paisagem
E o ventre da montanha que aparece
Assombra no escorrer a rubra tinta.

Olhares de pavor miram na imagem
- Procuram proteção, a alma em prece -
Da morte, que cruel, dança faminta!
ElïschaDewes_____________

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