quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010


Ode à Angra dos Reis
-Aniversário de seus 508 anos-



Calados, o oceano e a emoção,
Ressurge a Lua cheia, prima-dona.
Mas como não há palco ou multidão
Seus raios trazem anjos de carona.

E o tempo some e foge o firme chão...
Atroz é a impotência que se adona
E sinto a mesma cinza solidão
Do ser que jaz inerte sob a lona...

A chuva apaga o tom da paisagem
E o ventre da montanha que aparece
Assombra no escorrer a rubra tinta.

Olhares de pavor miram na imagem
- Procuram proteção, a alma em prece -
Da morte, que cruel, dança faminta!


ElïschaDewes_____________